Em 2012 a Xiaomi, fabricante chinesa de celulares, entrou em contato com o brasileiro Hugo Barra, até então vice-presidente do segmento do Android na empresa Google, para pedir sugestões sobre uma expansão em outros mercados.
A conversa se estendeu, até que em 2013, a solução da Xiaomi para expansão foi um tanto inusitada: contratar Hugo Barra, que acompanhou o nascimento e consolidação do Android desde 2008 e participou no desenvolvimento de todos os Nexus, como vice-presidente da empresa, um cargo e tanto. Hugo Barra aceitou o convite e saiu do Google de cabeça erguida, afirmando que em alguns anos a Xiaomi teria a mesma influência da Apple e Google.
(vice-presidente Hugo Barra ao lado do diretor executivo Lei Jun)
Mais tarde, o CEO da empresa, Lei Jun, anunciou que o plano seria expandir as vendas para 10 países entre eles Índia, Malásia, Cingapura, Filipinas, Indonésia e Brasil. E a coisa aconteceu bem rápido. Já em 2014 a Xiaomi abriu seu primeiro escritório no Brasil, mais especificamente na Vila Olímpia, em São Paulo, e este seria o escritório central da América Latina. A princípio, o objetivo da empresa é vender equipamentos, desenvolver software e prestar assistência técnica, sem produção nacional ainda.
E agora, em 2015, parece que finalmente a espera vai terminar: durante o lançamento dos novos Xiaomi Mi Note e Mi Note Pro, o próprio Hugo Barra anunciou que a Xiaomi inicirá suas vendas no Brasil até junho deste ano. Esperamos que a produção seja nacional, pois o mesmo Hugo Barra, em entrevista ao blog MiuiRom.com.br, disse ser necessário fabricação nacional em parceria com a Foxconn para que pudessem praticar os mesmo preços agressivos que lá fora. Um Xiaomi Mi Note na casa dos R$900 seria um grande atrativo.